quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Camex elava a 35% a alíquota para importação de brinquedos

Passado o Natal, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu elevar de 20% para 35% a alíquota de importação de diversos brinquedos. De acordo com resolução publicada ontem no Diário Oficial da União, ficarão mais caros triciclos, patinetes, bonecos e seus carros, trens elétricos, brinquedos de montar, quebra-cabeças, instrumentos musicais de brinquedo e outros brinquedos com motores. O aumento das tarifas vale até 31 de dezembro de 2011.

Para a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), a elevação da alíquota de importação deve ajudar a indústria nacional a reequilibrar o mercado brasileiro do setor, em que a participação dos chineses já chega a 60%, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Sinésio Batista da Costa. "O mercado brasileiro terminou 2010 com 60% das vendas nas mãos dos chineses e 40% com a indústria nacional. A expectativa é de que possamos chegar a um equilíbrio de 50% para cada lado", disse o empresário.

A alteração da tarifa não ocorreu apenas no Brasil, mas também nos outros países que fazem parte do Mercosul. "Na Argentina, os chineses respondem por 92% do mercado de brinquedos, além de 98% no Paraguai e 99% no Uruguai", disse Costa.
De acordo com ele, os governos desses países estão oferecendo incentivos fiscais para a instalação de fábricas de brinquedos brasileiros na região. "Muito em breve abriremos uma ou duas fábricas no Uruguai e outras duas no Paraguai", disse o executivo.

Costa também destacou que a alíquota de importação no Mercosul de partes e peças de brinquedos caiu para 2% desde agosto deste ano, favorecendo a ampliação da produção regional.

"O Brasil não produz brinquedos eletrônicos, nem quer produzir. O equilíbrio de mercado que buscamos é com o aumento da produção de bonecas, jogos de tabuleiro e outros", completou. O empresário estima que, mesmo com os incentivos, a região ainda levará cinco anos para recuperar os 15 mil empregos perdidos no setor nos últimos três anos.
Apesar do aumento na alíquota de importação, o empresário disse acreditar que o custo adicional não deve ser repassado para o consumidor. Para ele, os preços devem permanecer estáveis, sendo a diferença absorvida pela cadeia de importação e revenda. Além disso, afirmou, os preços cobrados no Natal deste ano já foram em média 4% inferiores aos praticados no ano passado.

Fonte: Diário do Comércio e Indústria

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Freitas Inteligência Aduaneira